“Lisboa será francesa e luxuosa”anuncia desde o título, no mínimo provocativo, Café expresso essa semana. O semanário português publica uma longa reportagem dedicada a estes “Magnatas e empresários franceses” que, em busca de qualidade de vida e de novos negócios, se instalaram em Portugal e se apoderam discretamente de parte do património lisboeta.
“Eles mostram uma criatividade incrível ao investir milhões de euros para desenvolver projetos originais, por vezes em locais surpreendentes, abandonados ou em declínio há muitos anos.”
“Lisboa não é uma cidade, é uma obra de arte”
Café expresso pinta um retrato de três deles, incluindo Marc Laufer, que diz ter investido 20 milhões em Lisboa em três anos. Já é dono de um “apartamento extraordinário” no bairro da Graça, vários edifícios, três restaurantes, cafés ou bares, este “ex-magnata da imprensa francesa” (cofundador do Altice Media Group, lançado em 2015 com Patrick Drahi) levanta o véu sobre o seu projeto para o antigo Ritz Club.
Neste edifício emblemático, que durante décadas foi uma referência incontornável na vida cultural e boémia de Lisboa, Marc Laufer pretende oferecer espetáculos de cancan francês como no Moulin Rouge. As obras estão atualmente suspensas “devido a complexidades administrativas e burocráticas”.
Café expresso toma também o exemplo de Julien Labrousse, arquitecto e proprietário de dois teatros em Paris, que quer transformar o seu Palácio do Grilo, um palácio do século XVIIIe século, em “um reino destinado aos sonhos”gastronomia ou mesmo apresentações artísticas, de acordo com suas concepções pessoais de arquitetura, influenciadas pela filosofia Zen.
“Estes investidores têm uma coisa em comum: são apaixonados por Lisboa. «Não é uma cidade, é uma obra de arte», garante Philippe Starck, residente em Cascais. O famoso designer, hoje com 72 anos, decidiu há oito anos reformar-se em Portugal.”
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