O governo português lançou um projecto piloto em Março destinado a permitir cabras limpar áreas vulneráveis a incêndios. Esta é a forma “mais natural e mais económica” segundo António Borges, executivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Cabras vagam pelas áreas de matagal Portugal e banqueteie-se com urzes, vassouras e arbustos. Mais eficientes que escavadeiras ou homens equipados com roçadeiras, conseguem acessar os terrenos mais íngremes e rochosos. Os locais assim desmatados tornam-se aceiros naturais.
Cerca de quarenta pastores
Cerca de quarenta pastores participarão no projeto durante os próximos cinco anos em todo o território nacional. Este trabalho irá render-lhes 125 euros por hectare limpo no primeiro ano e 25 euros nos quatro anos seguintes.
Este é um rendimento adicional bem-vindo para estes homens cujo importante “papel de vigilância” sublinha António Borges. Tiago Oliveira, chefe de uma equipa de especialistas responsável pela reformulação do sistema de prevenção e combate a incêndios florestais, lembra que o país continua vulnerável aos incêndios.
Menos incêndios no verão passado
O ICNF espera ver rapidamente os resultados do projecto, mas a verdadeira eficácia das cabras não pode ser medida durante cinco anos ou mais. “Novas iniciativas de gestão florestal levarão décadas para produzir resultados”, explica Tiago Oliveira. ” É um processo longo. “
Depois de incêndios mortais de 2017 que deixou mais de 100 mortos no centro de Portugal, no verão passado foi menos mortal. A área de superfície calcinada caiu 60% em relação à média dos últimos dez anos. As autoridades notaram 40% menos focos de incêndio.
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