Apesar de já estarem qualificados, os portugueses não viajaram como turistas para o Liechtenstein esta quinta-feira à noite. Pelo contrário. Os homens do treinador Roberto Martinez tinham uma (dupla) missão no relvado do Rheinpark Stadion, em Vaduz: a de se tornarem na primeira equipa portuguesa a terminar os jogos de qualificação com um registo impecável – nomeadamente dez vitórias em dez – e permitir Cristiano Ronaldo terminará, aos 38 anos, melhor marcador de uma fase de qualificação para o Euro. Por mais surpreendente que possa parecer, isto também seria histórico no final da sua quinta campanha.
Mas o que foi praticamente verdade foi ver o Liechtenstein conseguir manter Portugal sob controlo ao intervalo. CR7 rapidamente corrigiu esta anomalia ao regressar do balneário. Depois de acertar a trave, apenas dezoito segundos após o início do segundo tempo, o capitão da Seleção finalmente abriu o placar com um chute de esquerda por baixo da trave (47’).
O seu nono golo nesta qualificação permite-lhe ficar um passo atrás de Romelu Lukaku (10 golos em 7 jogos). Mas não para se juntar ao avançado belga no topo do ranking dos melhores marcadores destas eliminatórias, ao ponto de Cristiano Ronaldo ter sido substituído pouco depois da hora de jogo.
Portugal poderia ter fechado o marcador com um golo 100% parisiense. Na sequência de um livre descentralizado do regressado Vitinha, Gonçalo Ramos, até então decepcionante, fez três vezes para empurrar a bola para o fundo (82º). Um gol finalmente recusado pelo VAR depois de muitos minutos. Resta a Portugal vencer a Islândia em três jornadas e que CR7 marque pelo menos um golo para chegar ao grand slam nesta fase de qualificação.
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