Em Portugal, a tradicional peregrinação a Fátima atraiu dezenas de milhares de fiéis católicos. Mas surge num contexto conturbado por um novo escândalo de pedocrime dentro da igreja portuguesa.
Uma comissão de inquérito independente trouxe à tona casos de abuso, mas também manobras de ocultação. Entre os funcionários visados está o chefe dos bispos portugueses, José Ornelas.
No entanto, este último diz que está com a consciência tranquila. “Em meu nome, posso dizer que não estou preocupado. Se fosse hoje – com as informações que tenho hoje, talvez as coisas fossem diferentes.
Mas com as informações que eu tinha na época, as medidas foram adequadas, não houve ocultação, mas sim uma aplicação das medidas de acordo com o que foi possível fazer“, declarou.
O presidente da conferência episcopal portuguesa é, nomeadamente, suspeito de ter acobertado um caso de abuso sexual de crianças em Moçambique em 2011. O processo está a ser investigado pela justiça portuguesa.
Nos últimos meses, vários outros casos também foram objeto de investigações judiciais após depoimentos de supostas vítimas coletados pela comissão independente. Até agora, 424 depoimentos foram registrados.
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