Copresidente da Altice abandona grupo após escândalo de corrupção

Antes de ser nomeado CEO da Altice USA em março, Alexandre Fonseca atuou como administrador do conselho de administração da Altice Portugal. RAFAEL MARCHANTE/REUTERS

Alexandre Fonseca já tinha sido suspenso das suas funções após a detenção de Armando Pereira, cofundador da Altice com Patrick Drahi e co-CEO do grupo, no âmbito de uma investigação por corrupção em Portugal.

Os casos de corrupção na Altice continuam a causar sensação. Um dos codiretores gerais do grupo Altice Europa e diretor geral da Altice EUA, Alexandre Fonseca, anunciou quinta-feira, 4 de janeiro, no X, a sua saída do grupo após suspensão. “Gostaria de informar que eu e o grupo Altice chegámos a um acordo que põe fim a uma relação de mais de uma década, na qual coloquei todo o meu empenho e dedicação”, indicou o co-CEO, a sua exata função dentro da Altice. Contactada, a Altice Portugal confirma que “o grupo Altice chegou a acordo com Alexandre Fonseca para rescindir o seu contrato de trabalho, bem como todas as funções executivas e não executivas que exercia”.

Antes de ser nomeado CEO da Altice USA em março, Alexandre Fonseca atuou como administrador do conselho de administração da Altice Portugal. Embora não tenha sido ele próprio alvo da instrução, foi suspenso das suas funções após a detenção de Armando Pereira, cofundador da Altice com Patrick Drahi e co-CEO do grupo, no âmbito de uma investigação de corrupção em Portugal. O empresário português Armando Pereira, suspeito de 11 atos de corrupção e branqueamento de capitais, é também suspeito de ter criado uma rede de fornecedores duvidosos com o objetivo de desviar avultadas somas de dinheiro através de uma política de compras coletivas. Armando Pereira contesta estas suspeitas.

Medidas tomadas para evitar novos escândalos

Na sequência deste escândalo que ameaçou perturbar o império de Patrick Drahi, cerca de quinze funcionários, incluindo um gestor do grupo em França, foram suspensos. Patrick Drahi disse que sentiu “traído e enganado por um pequeno grupo de indivíduos”. Apesar do escândalo de corrupção, uma subsidiária do grupo, a Altice International, conseguiu emprestar 800 milhões de euros nos mercados em outubro. Patrick Drahi repetiu neste verão que este escândalo não teria acontecido. “sem impacto” nas finanças e previsões da Altice.

A Altice International anunciou no final de Novembro, aquando da publicação dos resultados do terceiro trimestre, que tomou medidas para “fortalecer vários processos de controlo interno” a fim de prevenir, detectar e mitigar eficazmente o risco de qualquer potencial má conduta individual no futuro.

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Chico Braga

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