Um tribunal português ordenou a prisão domiciliária do cofundador da Altice, Armando Pereira, enquanto se aguarda uma investigação sobre alegada corrupção na subsidiária local do grupo, disse o seu advogado Manuel Magalhães e Silva.
Pereira, que foi detido há 11 dias no âmbito de uma investigação sobre alegada corrupção, evasão fiscal e branqueamento de capitais na Altice Portugal, negou qualquer irregularidade.
A polícia disse que a investigação se concentrou na suspeita de manipulação do processo de aquisição do grupo.
O Sr. Pereira, que é português mas vive em França, foi cofundador da Altice com o magnata franco-israelense das telecomunicações Patrick Drahi.
Magalhães e Silva disse na noite de segunda-feira que o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central Criminal de Portugal, ordenou que o senhor Pereira fosse colocado em prisão domiciliária na sua quinta em Braga, no norte do país, “sem qualquer supervisão policial” devido à duração da investigação.
“Pelo menos ele vai dormir em casa e ficar com a família”, disse Magalhães e Silva, que pediu ao juiz a libertação de Pereira.
O juiz também ordenou a prisão domiciliária de outro suspeito, mas decidiu libertar outros dois suspeitos após pagar fiança de 500.000 euros (553.900 dólares) e 250.000 euros, respetivamente.
A investigação obrigou Alexandre Fonseca, codiretor da Altice International, a suspendê-lo de todas as suas funções na empresa na semana passada.
O grupo, cuja divisão norte-americana está cotada na Nova Iorque Altice USA, também suspendeu vários executivos, funcionários e representantes legais em Portugal e noutros locais.
($1 = 0,9027 euros) (Reportagem de Sergio Gonçalves; Redação de David Latona; Redação de Jan Harvey)
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