LISBOA (Reuters) – Mais de 700 bombeiros lutaram neste domingo contra um incêndio florestal que varreu uma parte do centro de Portugal, com ventos fortes complicando os esforços para combater o incêndio.

O incêndio que assola o concelho de Oleiros desde a tarde de sábado, mas já se alastrou a dois concelhos vizinhos e já obrigou à evacuação preventiva de várias pessoas.

Um bombeiro de 21 anos morreu em um acidente de viação na noite de sábado enquanto combatia o incêndio e outras seis pessoas ficaram feridas.

“Gostaria de enviar uma palavra de solidariedade, incentivo e agradecimento aos bombeiros… pelo trabalho que realizam por Portugal e por todos nós”, disse o primeiro-ministro António Costa num comunicado.

Luis Belo Costa, comandante do distrito de Castelo Branco, onde estão localizados os municípios afetados, disse em entrevista coletiva na manhã de domingo que várias casas estavam em risco enquanto o incêndio assolava perto de aldeias isoladas.

“Houve casas atingidas pelas chamas”, disse Belo Costa, acrescentando que ainda é cedo para dizer quanto tempo levará para controlar o incêndio.

“As pessoas foram evacuadas, mas a maioria já regressou às suas casas.”

Os incêndios são pequenos em comparação com um grande incêndio que atingiu a região em junho de 2017, matando 66 pessoas e ferindo mais de 250.

Dados da União Europeia mostram que Portugal é um dos países do bloco mais atingidos por incêndios todos os anos.

Uma das causas profundas dos seus frequentes incêndios florestais é que partes do interior do país estão desertas, uma vez que as pessoas deixaram de viver nas cidades ou no estrangeiro, e o trabalho de limpeza de árvores e arbustos é ignorado, criando um risco de incêndio.