Na sequência do caso Pereira que assolou a Altice durante o verão, o grupo de Patrick Drahi decidiu rever os fornecedores que poderiam estar envolvidos no caso e separar-se deles.
A Altice – empresa-mãe da SFR – anunciou que limpou os seus fornecedores. O grupo de telecomunicações deverá separar-se de todos os fornecedores potencialmente envolvidos no caso de corrupção revelado neste verão até ao final do ano.
Trabalho de investigação praticamente concluído
Atingido por um escândalo de corrupção neste verão, o grupo de Patrick Drahi decidiu rever os seus fornecedores que estariam próximos do seu antigo braço direito, Armando Pereira. O empresário muito próximo do magnata das telecomunicações recorreu mesmo a inúmeras empresas para enriquecer pessoalmente, enquanto essas empresas cobravam preços mais elevados.
Assim que o caso foi revelado, em julho, a Altice tomou imediatamente medidas proibindo fornecedores, mas também separando de alguns funcionários, tanto na Europa como nos Estados Unidos, que tinham ligações com o objeto da investigação. A transição está a acontecer aos poucos e a Altice anunciou que o plano deverá estar concluído até ao final de 2023.
Segundo o grupo, os fornecedores potencialmente envolvidos neste escândalo representavam cerca de um terço do volume de negócios da Altice International, 2% das despesas totais da Altice France e 6% das despesas totais da Altice International e da Altice France juntas, mas principalmente em Portugal.
Paralelamente, foi lançada uma investigação interna em Portugal e internacionalmente sob a direção de uma comissão de investigação global com o objetivo de elaborar uma avaliação aprofundada dos riscos presentes nas diferentes jurisdições do grupo. A comissão é acompanhada por consultores externos locais e também auxiliada por peritos forenses da Ernst & Young e Accuracy, segundo a Altice.
O trabalho de investigação foi praticamente concluído e não se espera nenhum impacto material na Altice International ou na Altice France.
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