‘Alma Viva’ de Cristèle Alves Meira: ‘Toda mulher independente mais cedo ou mais tarde é chamada de bruxa’

Uma palavra final sobre o elenco: como você conheceu Lua Michel, que interpreta a pequena Salomé, e Ester Catalão, que interpreta a avó?

A pequena é minha filha (risos). Primeiro a personagem era mais velha, depois a deixamos mais jovem, fizemos muitos castings, não conseguíamos encontrar… E como minha filha queria fazer cinema, finalmente decidimos que seria ela, e virou Proof. É um filme de família, num ambiente muito intimista – tudo tinha um significado. E depois é sobre transmissão, então também foi uma forma de passar toda essa herança para minha filha.

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A Ester, nós a conhecemos no casting, ela fazia teatro amador em uma cidade da região. Ela veio com sua liberdade, sua modernidade, tudo era possível com ela. Nudez? Sem problemas. Um dia ela me disse: “Cristèle, tenho uma surpresa para você: fiz uma tatuagem roxa porque sabia que ia mostrar os seios.” Sua primeira tatuagem, aos 77 anos (risos)! Devo muito a ela, porque inicialmente esse papel de avó era mais austero, e ela me deu a liberdade de criar uma personagem mais livre, mais inovadora do que eu poderia imaginar.

Alma Viva, de Cristèle Alves Meira. Com Lua Michel, Ester Catalão, Catherine Salée… A partir de 26 de abril no cinema.

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Les Grenades-RTBF é um projeto apoiado pela Federação Valônia-Bruxelas que oferece conteúdo atual de uma perspectiva de gênero e feminista. O projeto visa dar mais voz às mulheres, que são pouco representadas na mídia.

Alberta Gonçalves

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