Algumas restrições novamente consideradas diante do aumento de casos

Diante de uma retomada das contaminações e internações relacionadas ao Coronavírus nas últimas semanas, o Portugal está considerando mais restrições. “Temos de apurar que medidas serão necessárias” para “não deixar o número de casos disparar”, declarou Mariana Vieira da Silva, porta-voz do ministro do Governo, à comunicação social local à margem de um evento em Lisboa.

Portugal registou assim um novo pico de 2.527 novos casos em 24 horas na quarta-feira e ultrapassou a fasquia das 500 internações, recordes desde o início de setembro, segundo os últimos números das autoridades de saúde. “Não prevemos medidas drásticas como as tomadas no passado porque a população está mais protegida” em particular graças ao alta taxa de vacinação, ela esclareceu. O país é, de fato, um dos mais vacinados do mundo.

Retorno da máscara ao ar livre

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou na noite de terça-feira inevitável o regresso do uso da máscara obrigatória ao ar livre. Esta medida, introduzida em outubro de 2020, foi levantada em 13 de setembro. O uso de máscara ainda é recomendado em caso de aglomeração ou quando for impossível respeitar o distanciamento social.

O primeiro-ministro socialista, Antonio Costa, também deu a entender na terça-feira que o país poderia restabelecer certas medidas, especialmente com a aproximação das férias de final de ano. “Temos de agir agora (…) Quanto mais tarde agirmos, mais riscos haverá”, alertou, excluindo a possibilidade de decretar um novo estado de emergência, em vigor perto de seis meses entre novembro e abril. Este regime excecional permitiu tomar medidas para restringir certas liberdadescomo o confinamento imposto no início do ano, quando o país estava entre os mais afetados pela pandemia.

O governo disse que tomará decisões após consultar especialistas científicos em uma reunião marcada para sexta-feira. As autoridades continuam pedindo aos maiores de 65 anos que tomem uma terceira dose da vacina. Pouco mais de 86% da população está totalmente vacinada. Com 10 milhões de habitantes, Portugal registou mais de 1,1 milhões de casos e 18.283 mortos desde o início da pandemia.

Isabela Carreira

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