A “moda lenta” francófona recusa-se a vender a sua alma

Uma dúzia de máquinas de costura cantam em coro como cigarras. Matérias virgens em rolos ou cortadas em formato de suéteres ou camisetas espalham-se pelas mesas. A oficina da jovem marca Revario, em Marly, num bairro inovador perto de Friburgo, ocupa uma área pouco maior que um apartamento de 3 assoalhadas. No entanto, a pequena empresa produz hoje cerca de 10 mil peças de roupas esportivas por ano. Um limiar simbólico, que marca a transição para uma nova etapa do seu crescimento. “No momento, ainda cortamos todos os nossos modelos à mão. Mas dado o fluxo de encomendas, uma máquina de corte automática torna-se um investimento razoável”, alegra-se Michael Ingram.

Há dois anos, na primavera de 2021, este engenheiro mecânico da EPFL iniciou uma reconversão profissional ao lançar a sua primeira coleção de roupa técnica para entusiastas do ultra-trail preocupados com o ambiente, como ele. A aposta parecia um cume a escalar: produção 100% local e apenas com materiais reciclados. O caminho a seguir revelou-se íngreme e pedregoso: primeiro, combinar trabalho a tempo inteiro e iniciação na profissão de designer de moda, depois aprender no trabalho os perigos do empreendedorismo. Habituado a longas corridas de montanha, Michael Ingram resistiu. No outono de 2023, a empresa outrora composta por três pessoas tem nove funcionários, mantém a promessa de ser local e reciclado e enfrenta agora outro desafio: satisfazer a procura crescente sem trair as suas convicções.

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Nicole Leitão

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