Pandemia
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Em janeiro, o mês mais mortífero desde o início da pandemia para o país, muitas iniciativas foram postas em prática para ajudar o sobrecarregado sistema de saúde. Apoio significativo para os cuidadores, uma vez que a situação está apenas a começar a melhorar nos hospitais portugueses.
Máscara FFP2 no rosto, chaves do carro penduradas no pescoço, Francisco Cordeiro de Araújo está no seu posto todos os dias há mais de duas semanas, em frente ao hospital de Santa-Maria, em Lisboa. “Sinto que já se passaram dois anos” admite o jovem. Aos 23 anos, é o coordenador nacional do Cama Solidária (Lit Solidaire), uma associação nascida da crise sem precedentes que Portugal atravessa. Essa rede de voluntários distribui doações de alimentos e produtos de higiene para funcionários exaustos do hospital.
O repentino agravamento da crise sanitária deixou o sistema de saúde de joelhos. Janeiro foi de longe o mês mais mortífero, com mais de 5.500 mortes, quase um terço do número total de mortes desde a chegada do coronavírus ao país. No final da semana passada, a Direção-Geral da Saúde recomendou que os cemitérios e crematórios alarguem os seus horários para absorver este aumento.
A Cama Solidária instalou a sua sede em carrinhas doadas por uma empresa de turismo. É fácil imaginar essas autocaravanas em tons pastel à beira de uma praia, mas elas estão estacionadas em frente ao maior hospital do país. “Somos um pouco hippies”, ri um voluntário. O coletivo foi formado em meados de janeiro, impulsionado pela necessidade de…
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