Recife (Brasil), 7 de abril (EFE).- A escola técnica portuguesa, com Abel Ferreira (Palmeiras), Paulo Sousa (Flamengo), Vítor Pereira (Corinthians) e Luis Castro (Botafogo), buscará reconquistar o título do Liga Brasileira de Futebol, indescritível desde 2019, quando seu compatriota Jorge Jesús o criou.
Em 2019, à frente do Flamengo, Jesús sagrou-se campeão da Liga Brasileira, título que o time carioca repetiu um ano depois, mas sob o comando de Rogério Ceni.
No ano passado, o técnico campeão foi outro brasileiro, Alexi Stival ‘Cuca’, que consagrou o Atlético Mineiro 50 anos depois do último título da liga.
Apesar de vencer as duas últimas edições da Copa Libertadores e as recentes conquistas da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Paulista, o título da Liga no Brasil tem sido evasivo para o Palmeiras de Abel Ferreira.
Consagrado como o melhor treinador do continente americano em 2021 na tradicional pesquisa de fim de ano do jornal uruguaio El País, o homem nascido há 43 anos em Peñafiel conseguiu dar identidade ao ‘Verdão’ do São Paulo e sempre o colocou como o protagonista nos torneios que disputam.
O vice-campeão Flamengo este ano seduziu Sousa, que era técnico da Polônia, e o ex-meia de 51 anos assumiu o desafio de buscar a reconquista da Libertadores e da Liga, títulos conquistados em 2019 pelo compatriota Jesús.
No entanto, o início de Sousa não foi dos melhores, depois de perder o título do Campeonato Carioca, torneio regional do Rio de Janeiro, para o Fluminense, seu rival histórico e com quem divide o estádio do Maracanã.
Outra das equipes cariocas, o Botafogo, também optou este ano pela escola portuguesa e por seu novo projeto, com o grupo empresarial do norte-americano John Textor, contratado por Castro, 61 anos, que estava com a equipe do Catar Al Duhail.
O Corinthians, que assim como o Botafogo busca se reivindicar diante de seus torcedores e brigar pelo título, terá Pereira, de 53 anos, no banco de reservas e que até o ano passado dirigia o Fenerbahce turco.
Além dos quatro treinadores portugueses, o Campeonato Brasileiro de 2022 terá três treinadores argentinos: Antonio Mohamed (Mineiro), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza) e Fabián Bustos (Santos).
O maior peso recairá sobre o ‘el Turco’ Mohamed, que terá a difícil missão de substituir Cuca e defender o título da Liga, além de ser o favorito.
O Vojvoda, por sua vez, tentará escalar posições com o Fortaleza, com quem fez uma boa atuação em 2021, enquanto Bustos, que chegou do Barcelona equatoriano, agora assumiu um Santos abatido, que quer voltar a ser o protagonista em 2022.
A lista de treinadores estrangeiros é completada pelo uruguaio Alexander Medina, no Internacional, clube que também busca a redenção em 2022 após uma campanha irregular no ano passado, e o paraguaio Gustavo Morínigo, no promovido Coritiba.
Entre os nacionais, os experientes Abel Braga (Fluminense) e Rogério Ceni (São Paulo) despontam como os principais candidatos à disputa do título.
Em um segundo “lote” aparecem, com menos favoritismo, Mauricio Barbieri (Bragantino) e Alberto Valentim (Athletico Paranaense), apenas os treinadores que se enfrentaram comandando os mesmos clubes na final da Copa Sul-Americana de 2021.
A segunda divisão também contará com a participação de um técnico estrangeiro: o uruguaio Paulo Pezzolano estará à frente do Cruzeiro, que pelo segundo ano consecutivo disputará a Série B do Brasileirão.
Waldheim Garcia Montoya
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