O pesquisador de tecnologia e nuclear do campus Eduardo Alves defende que a energia nuclear é essencial para garantir autonomia energética e combater as mudanças climáticas, e defende que é uma alternativa limpa e confiável à queima de combustíveis fósseis.
É uma energia que na produção é “totalmente limpa, na qual não se emite dióxido de carbono, poeira ou outros resíduos para a atmosfera”, mas onde são gerados resíduos radioativos a partir do combustível consumido.
Não use energia nuclear, usamos combustíveis fósseis
Portugal é um dos países europeus que “atualmente não tem autonomia energética, está completamente dependente do exterior” e é também por isso que “paga a energia elétrica mais cara”.
Eduardo Alves afirma que “para não prejudicar ainda mais o meio ambiente, devemos parar imediatamente de consumir combustíveis fósseis e que atualmente 60 a 70% da energia mundial ainda é produzida a partir de petróleo, carvão e gás”.
As fontes de energia renováveis como a solar e a eólica não suportam mais de “10% das necessidades”, salienta a investigadora, sublinhando que é preciso ter “outra forma viável de produzir energia, e já”.
Com a invasão russa da Ucrânia, “a Europa de repente acordou” de seus problemas de dependência energética de países exportadores de combustíveis fósseis como a Rússia, mostrando que “atualmente não existe um método de produção de energia que possa converter um sistema alternativo ao carvão em menos de um década.” , petróleo e gás”.
A China, o maior poluidor do mundo, consome 45% da eletricidade produzida no mundo, mais do que a Europa e os Estados Unidos juntos. A principal fonte é o carvão e também sofre com problemas climáticos, por isso estão empenhados em reduzir suas emissões.
Tecnologias de nova geração e reatores de última geração permitem obter mais eficiência energética com a mesma quantidade de combustível e produzir menos resíduos com uma vida radioativa de cerca de 500 anos, embora inferior aos milhares de anos que o armazenamento de O combustível nuclear usa um problema reconhecido e uma solução terá que ser encontrada, porque sempre haverá resíduos radioativos.
O pesquisador estima que “em cinco a dez anos” seria possível ter um reator produzindo energia: “a construção é modular, é como um ‘lego’, mas acho que o processo de autorização levaria mais tempo do que a construção em si, porque embora a União Europeia tenha considerado a energia nuclear para a transição energética, estabeleceu requisitos tão restritivos que será difícil do ponto de vista científico cumprir todos eles”.
Eduardo Alves diz que “precisamos de todas as energias. A energia nuclear tem sido ignorada há muito tempo e tem as consequências que vemos. Não usamos energia nuclear, mas combustíveis fósseis, como entendíamos há 50 anos, quando ainda não éramos afetados.” pelas mudanças climáticas. A energia nuclear é essa energia que acendemos e ainda está lá”, resume.
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