Os incêndios florestais já consumiram cerca de 104 mil hectares este ano em Portugal, atingido por uma seca excecional, segundo a última estimativa oficial publicada quarta-feira.
Esta é a maior área desde os incêndios mortais de 2017, que causaram uma centena de vítimas e devastaram mais de 537 mil hectares ao longo de todo o ano, segundo o último relatório do Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
No seu relatório, o instituto público explica que, até 15 de agosto, Portugal tinha conhecido “12% menos incêndios, mas 30% mais área queimada“comparado ao nível registrado nos últimos dez anos.
Este ano, o incêndio florestal mais importante do país foi o do parque natural da Serra da Estrela, região montanhosa do centro de Portugal classificada pela Unesco. Só ela consumiu mais de 25.000 hectares de vegetação em onze dias. Na frente de fogo, Portugal experimentou uma calmaria na manhã de quarta-feira.
Os bombeiros ainda tentavam apagar as chamas na região de Vila Real, no extremo norte do país, mas a situação estava a evoluir favoravelmente, segundo o comandante da proteção civil Miguel Fonseca que coordena as operações de resgate. Este fogo “está praticamente sob controle”ele disse à mídia local.
Portugal conta desde segunda-feira com o apoio de dois Canadairs gregos enviados no âmbito do mecanismo europeu de solidariedade. A mobilização desses dispositivos”pôr em prática a solidariedade europeia“, sublinhou terça-feira o Comissário Europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, num comunicado de imprensa.
Graças à queda das temperaturas em grande parte do território, o governo português decidiu não prolongar o estado de alerta, em vigor de domingo para terça-feira à noite, que prevê medidas excecionais para fazer face ao aumento do risco de incêndio.
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