O coração de Pedro I de volta ao Brasil para o bicentenário da independência do país

Para comemorar o bicentenário de sua declaração de independência, o Brasil recebeu nesta segunda-feira de Portugal o coração embalsamado de “Dom Pedro”, o primeiro imperador brasileiro. O órgão, preservado em formol, fez a viagem sobre o Atlântico a bordo de um avião do exército brasileiro. Ele estava acompanhado pelo prefeito do Porto. É nesta cidade portuguesa que a relíquia está guardada há 187 anos na igreja de Nossa Senhora da Lapa.

Nesta terça-feira, o coração embalsamado do primeiro imperador brasileiro será recebido com todas as honras normalmente reservadas a um chefe de Estado. Canhões serão disparados até contra o palácio presidencial em Brasília. E por um bom motivo: os brasileiros conhecem Pedro I como o “Libertador”. Foi ele, apesar de filho do Rei de Portugal, que, em 1822, proclamou a independência do Brasil da coroa portuguesa.

Seu coração será exposto nos próximos dias no palácio que abriga o Ministério das Relações Exteriores em Brasília. Durante toda a sua estadia, a relíquia será guardada por unidades especiais da polícia e do exército brasileiro. Após as festividades do bicentenário da independência, a 7 de setembro, o órgão regressará a Portugal de acordo com a última vontade de Pedro I.

Não é a primeira vez que restos mortais embalsamados do “libertador” são enviados de Portugal para o Brasil. Em 1972, por ocasião do 150º aniversário da independência do país, a ditadura militar da época trouxe alguns de seus ossos para fins de propaganda. Os historiadores brasileiros também estão preocupados: Jair Bolsonaro poderia usar o coração de Pedro I da mesma forma.

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Nicole Leitão

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