Depois de Espanha e Portugal, França sob o forno – Todas as notícias de Guadalupe na Internet

Depois de Espanha e Portugal já no meio de uma onda de calor, a França por sua vez mergulhou numa segunda onda de calor na quarta-feira em apenas um mês, com o seu corolário: os incêndios florestais.

Na Grécia, um helicóptero que tentava apagar um incêndio florestal em Samos caiu no Mar Egeu, soubemos pela guarda costeira grega.

“Há um sobrevivente e uma operação de resgate está em andamento para encontrar os outros três tripulantes”, disse um oficial da guarda costeira à AFP.

No oeste, quase toda a Espanha estava na quarta-feira em alerta devido à onda de calor com máximas superiores a 45 graus, antes de quinta-feira que deve ser o dia mais quente.

A onda de calor, que começou no passado fim-de-semana e deverá prolongar-se pelo menos até domingo, está a provocar temperaturas sufocantes em todo o país, nomeadamente nas regiões da Andaluzia (sul), Extremadura (sudoeste) e Galiza (noroeste), situadas a alerta vermelho, segundo a agência meteorológica espanhola (Aemet).

Além do arquipélago das Canárias, todas as outras regiões espanholas foram colocadas em alerta em graus mais baixos.

Um máximo de 45,6°C foi registrado às 17h30 (15h30 GMT) em Almonte (sul) na Andaluzia, enquanto várias cidades no sul ultrapassaram 44°C, como Sevilha, Córdoba ou Badajoz.

Em Portugal, um incêndio durante a noite de terça para quarta-feira matou uma pessoa na região de Aveiro (norte), segundo os serviços de emergência, que estão fortemente mobilizados há vários dias. Segundo o jornal Correio da Manha, seria uma mulher na casa dos cinquenta.

– Pico esperado segunda-feira na França –

O centro do país, que está em chamas desde quinta-feira, continua sendo o mais afetado pelos incêndios florestais que voltaram a se intensificar na tarde de terça-feira, impulsionados pelo calor e pela força do vento.

Na manhã desta quarta-feira, quatro grandes focos mobilizaram mais de 1.500 bombeiros nos concelhos de Leiria, Pombal e Ourém, localizados a pouco mais de cem quilómetros de Lisboa.

“Vivemos em uma região do mundo onde as mudanças climáticas vão piorar sistematicamente as condições nos próximos anos”, insistiu o primeiro-ministro Antonio Costa na terça-feira.

A seca e as ondas de calor que favorecem esses desastres são uma consequência direta das mudanças climáticas, segundo os cientistas, com as emissões de gases de efeito estufa aumentando em intensidade, duração e frequência.

Clare Nullis, porta-voz da Organização Meteorológica Mundial em Genebra, alertou nos últimos dias para uma situação crítica de “solos muito, muito secos” e o impacto das temperaturas nas geleiras dos Alpes.

Como seus vizinhos, a França enfrenta uma onda de calor desde segunda-feira pela segunda vez em um mês, com um pico esperado para segunda-feira, segundo previsões da Météo-France. Naquele dia, temperaturas “acima de 40°C são possíveis” nas regiões mais afetadas, principalmente no sudoeste e no baixo vale do Ródano, anunciou a agência na quarta-feira.

– “Incêndios complicados” –

No terreno, dois incêndios, alimentados “pela vegetação seca, em particular pela vegetação rasteira”, segundo a prefeitura, devastaram desde a tarde de terça-feira 2.700 hectares de pinheiros na região de Bordeaux (sudoeste).

“Temos dois incêndios complicados”, com “vento a virar nos dois locais” em Landiras, perto de Bordéus, e em La Teste-de-Buch, perto da Duna du Pilat, “o que nos obriga a reavaliar a todo o momento o dispositivo “, explicou à AFP o comandante dos bombeiros, Matthieu Jomain, no local.

Além disso, investigações legais estão em andamento para determinar a origem dos dois incêndios. Se em Landiras é por enquanto indeterminado, em La Teste-de-Buch, “é mesmo um acidente ou uma avaria de camião, um camião que pegou fogo de qualquer forma”, indicou o prefeito durante a atualização da tarde.

A intensidade desta segunda onda de calor a atingir o país em um mês já é estimada como “equivalente” à onda de calor mortal de agosto de 2003 (com quase 19.500 mortes na França), observou Matthieu Sorel, climatologista da Météo-France.

Mas sua duração deve ser “menor”, já que atualmente é estimada em 8 a 10 dias, em comparação com duas semanas em 2003.

Espera-se que as altas temperaturas se espalhem para outras partes da Europa Ocidental ou Central.

No Reino Unido, a agência meteorológica (Met Office) emitiu um alerta laranja antes de uma onda de “calor extremo” a partir de domingo com temperaturas que podem ultrapassar os 35 graus.

Os britânicos também foram chamados por suas companhias de água para economizar cada gota, em particular aquecendo apenas a quantidade estritamente necessária para sua xícara de chá.

Chico Braga

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