Messi enfrentará Lewandowski novamente. Desta vez não será na gala Ballon d’Or, quando La Pulga conquistou seu sétimo prêmio da revista France Football diante do rosto polonês, nem em duelo de Champions – o último cruzamento entre 10 e 9 na Europa foi no Bayern bofetada histórica contra o Barça em Lisboa (2-8). Argentina e Polônia vão animar o Grupo C da Copa do Mundo. Se desde que Lionel Scaloni assumiu as rédeas da Albiceleste, a seleção argentina deixou de depender exclusivamente da inspiração de Messi (nem sempre em estado de graça quando cruza a lagoa), a Polônia está presa à eterna relação do atacante do Bayern com o gol. Lewandowski marcou 30 gols em seus 37 jogos de mata-mata, o último contra a Suécia no play-off para selar a vaga da Polônia no Catar. Messi não se encontrará apenas novamente com Lewandowski. Tata Martino, técnico do Barcelona na temporada 2013-2014 e técnico da Argentina entre 2014 e 2016, está no comando do México. A seleção asteca, que não perde uma Copa do Mundo desde a Itália 90, completa a zona junto com a Arábia Saudita.
Será a quinta Copa do Mundo de Messi, de 34 anos, que se junta ao grupo liderado por Antonio Carbajal (México, 1950, 1954, 1958, 1962 e 1966), Lothar Matthaus (Alemanha, 1982, 1986, 1990, 1994 e 1998). Rafa Márquez (México, 2000, 2006, 2010, 2014 e 2018) e Gianluigi Buffon (Itália, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014). Seu inimigo, Cristiano Ronaldo, também terá seu quinto encontro na Copa do Mundo no Catar. O CR7, de 36 anos, quase engasgou em sua provavelmente última Copa do Mundo. Portugal se libertou da Itália nos playoffs e selou seu visto contra a Macedônia do Norte. Outro atacante histórico como Luis Suárez, artilheiro das eliminatórias sul-americanas (29), também sofreu para levar o Celeste a Doha. Diego Alonso substituiu o Maestro Tabárez, quando o Uruguai estava na sétima colocação da tabela, faltando quatro jogos para fechar o grupo. A seleção uruguaia terminou em quarto lugar, atrás de Brasil, Argentina e Equador. Portugal e Uruguai juntam-se a Gana e Coreia do Sul no grupo H. Será a décima primeira participação da Coreia num Mundial (é a selecção asiática que mais participa), enquanto a selecção africana atingiu o seu melhor resultado na África do Sul 2010 , justamente quando caiu nas quartas de final, contra o Uruguai.
Ninguém, em todo caso, participou de mais Copas do Mundo (nenhuma foi perdida) ou ganhou tantas (cinco) quanto o Brasil. “O Penta (como os brasileiros chamam seu time em referência ao número de copas do mundo)”, Cafú soltou, com uma risada maliciosa, ao descobrir a bola Canarinha. À espera do melhor da melhor versão de Neymar, a equipe comandada por Tite enfrentará velhos conhecidos no grupo G. A dura Suíça, que terminou invicta na fase eliminatória e sofreu apenas dois gols, e a equilibrada Sérvia de Stojkovic, já compartilhou uma zona com o Brasil na Rússia 2018. O novo no grupo é Camarões. Os leões mudaram de treinador em Janeiro passado depois de perderem nas meias-finais da Taça das Nações Africanas: Rigobert Song substituiu António Conceição e completou a qualificação para o Qatar.
Duas das quatro melhores seleções russas se enfrentarão no Grupo F. A finalista Croácia e Bélgica (medalha de bronze em Moscou) tentarão espremer as melhores gerações de sua história. Os Balcãs continuarão a ser liderados por Modric, enquanto Robert Martínez acende velas para Hazard (terça-feira passada eles removeram a placa de metal que ele tinha na parte inferior da fíbula no tornozelo direito). Croácia e Bélgica juntam-se a um recém-chegado: o Canadá, que surpreendeu na Concacaf e ficou em primeiro lugar na tabela. O grupo é completado por Marrocos.
A atual campeã, França, enfrentará Dinamarca e Tunísia no grupo D, à espera de saber o quarto integrante que sairá do vencedor da partida entre Emirados Árabes Unidos e Austrália, que depois terá que lutar por sua vaga no Catar contra o Peru, quinto nas eliminatórias sul-americanas. O anfitrião, outro estreante da Copa do Mundo, fará a estreia contra o Equador. O Grupo A é fechado pela Holanda e Senegal. A passagem para as oitavas de final da Holanda não está à vista complicada, como a da Inglaterra, que disputará no grupo B contra Irã, Estados Unidos e aquele que resta, que será disputado pelo País de Gales e vencedor do duelo entre Escócia e Ucrânia.
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