VERNON, Eure, 12 Abr (Reuters) – A candidata presidencial do Rassemblement National, Marine Le Pen, propôs nesta terça-feira introduzir uma dose de representação proporcional nas eleições parlamentares francesas para responder à atual “crise democrática”. †
Durante uma coletiva de imprensa em Vernon (Eure), ela reformulou essa reforma imaginada pelos presidentes mais recentes, de Nicolas Sarkozy a Emmanuel Macron, passando por François Hollande, sem que ela fosse finalmente implementada.
Para Marine Le Pen, o sistema proporcional em vigor em muitos países como Bélgica, Portugal e Suécia permite uma “representação justa de sensibilidades políticas”, especialmente “fluxos muito minoritários” e obriga os governos a formar “alianças e coalizões”.
A dose proporcional seria de pelo menos dois terços e o restante ficaria a critério do Parlamento, disse a comitiva do candidato à Reuters.
Marine Le Pen disse que elaborou um projeto de lei sobre o assunto que está pronto para ser incorporado à Constituição.
Uma reforma constitucional pode ser submetida a referendo, disse o candidato, que quer generalizar as consultas diretas aos cidadãos.
O uso de referendo ou referendo de iniciativa cidadã “fornece uma ferramenta poderosa para apaziguar o debate político e contribuir para o desenvolvimento de uma cultura democrática”, disse ela.
Um texto aprovado por referendo não pode ser alterado ou retirado a não ser por referendo, disse o candidato que propõe tal consulta se meio milhão de cidadãos o solicitarem.
Marine Le Pen quer a fixação de um mandato não renovável de sete anos e apela à simplificação e aceleração dos processos judiciais relacionados com a difamação.
(Relatório Elizabeth Pineau, editado por Sophie Louet)
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