Portugal, 7º país para nómadas digitais

O país está à frente do Canadá, da Hungria e da França, mas atrás da Roménia, segundo um relatório daECO.

O relatório avalia fatores como custo e qualidade de vida, bem como o clima económico e as condições ou programas especiais oferecidos a estes profissionais. Um total de 65 países são avaliados e nove dos dez primeiros estão na Europa.

Este trabalho foi realizado pela Global Citizen Solutions, uma empresa de consultoria que auxilia profissionais na mudança para outro país e também presta serviços de apoio na obtenção de vistos gold, com escritório em Lisboa.

Espanha

A Espanha ocupa o primeiro lugar no ranking, em grande parte graças ao novo quadro jurídico que o país introduziu no ano passado.

“O tempo de permanência no país pela Lei das Startups conta diretamente para a obtenção da cidadania”, explica a consultoria. Além disso, esses profissionais pagam uma alíquota fixa de 24% sobre os rendimentos auferidos no país, enquanto os rendimentos auferidos no exterior estão isentos, segundo a empresa.

A Holanda e a Noruega estão em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Portugal, país que é destino frequente e popular de nómadas digitais, está um pouco mais abaixo na lista, em sétimo lugar.

“Portugal também apresenta um desempenho excecional, especialmente em termos de qualidade de vida e de economia. Destaca-se como o país mais barato da Europa Ocidental, com inglês falado em todo o país. O tempo passado em Portugal com os Vistos D7 e D8 conta para o acesso à residência permanente, abrindo caminho à nacionalidade”, afirma a consultora.

A pesquisa, citada por Bloombergelogia ainda o Programa Nómadas Digitais da Madeira, lançado em 2021 pelo governo regional e pela Startup Madeira, que já permitiu acolher “10 mil nómadas digitais” no arquipélago, “acelerando a economia local e estabelecendo a Madeira como destino de eleição é posicionada para trabalho remoto”, afirma a consultoria.

Esta iniciativa inovadora estabeleceu a primeira “Aldeia Nómada Digital” na Ponta do Sol, oferecendo aos nómadas digitais um ambiente de apoio abrangente com espaços de coworking e eventos comunitários”, afirma o relatório. Internet de alta velocidade e “infraestruturas modernas”, bem como “belas paisagens” e um clima ameno são outros benefícios destacados para fazer da Madeira um destino para nómadas digitais.

Este novo ranking junta-se a outros como o da plataforma Nomadlist, que no dia 30 de julho classificou Lisboa em sétimo lugar entre as melhores cidades para nómadas digitais e o Porto em décimo nono. Bangkok e Chiang Mai, ambas localizadas na Tailândia, ficam em primeiro e segundo lugar, seguidas por Tbilisi, na Geórgia. Além disso, este mês Portugal ficou em 15º lugar no ranking Expat Insider 2024, que avalia os melhores países para quem vive no estrangeiro.

Num país como Portugal, fortemente afetado pela crise imobiliária, as consequências deste fenómeno são controversas. Os seus apoiantes acreditam que os nómadas digitais impulsionam a economia, promovem a inovação e ajudam a promover o país no exterior. Os seus opositores acusam-nos de contribuir para o forte aumento dos preços imobiliários e de causar perturbações nas cidades.

De acordo com a Global Citizen Solutions, o termo “nômade digital” descreve “indivíduos que aproveitam as tecnologias digitais para trabalhar remotamente enquanto viajam ou vivem em vários locais”.

Os 16 melhores destinos para nômades digitais:

16 – Japão

15 – Malásia

14 – Letônia

13 – República Tcheca

12 – Taiwan

11 – Alemanha

10 – França

9 – Hungria

8 – Canadá

7 – Portugal

6 – Malta

5 – Romênia

4 – Estônia

3 – Noruega

2 – Holanda

1 – Espanha

Fernão Teixeira

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