já havia sido apresentada uma queixa contra Frédéric Augis por comentários xenófobos

Em 2014, um cartazista português apresentou queixa contra o presidente da Tours Métropole por violência e insultos xenófobos. O caso tinha sido encerrado sem maiores diligências, mas voltou aos holofotes, na sequência dos insultos proferidos em 4 de abril de 2023, contra Cédric de Oliveira por Frédéric Augis.

As palavras do Presidente LR da Métropole de Tours continuam a ser manchetes. No dia 4 de abril, Frédéric Augis teria tratado Cedrico por Oliveirao prefeito de fondettes, de “Português sujo. Desde então,Essas reclamações ressurgiram, datando de 2011 e 2014.

Frederico Augis é, desta vez, acusado de violência física e verbal. Em plena campanha eleitoral, o eleito terá tido uma altercação com dois activistas num parque de estacionamento, tendo dito a um deles, de origem portuguesa: “Volte para o seu país“. Na denúncia apresentada na época, um dos dois ativistas afirmou ter “senti um grande golpe atrás da minha cabeça Sr.“. As duas reclamações foram encerradas sem acompanhamento, de acordo com A Nova República.

Apesar de tudo, essas duas lembranças do passado fizeram com que as pessoas reagissem Gervásio Semedopresidente do Licra 37: “Este é um policial judiciário, um prefeito que deve dar o exemplo. Esta falta de ética no discurso, tanto público como privado, é escandalosa”.

Mário Stasio presidente da Licra, observa que estes abusos estão, infelizmente, a tornar-se comuns :

Fazemos denúncias ao Ministério Público e eles decidem, apoiamos as vítimas, infelizmente não podemos substituir o senhor de Oliveira que não apresenta queixa mas estamos ao seu lado. E ele ainda pode fazer isso, tem três anos para registrar reclamação.

Mario Stasi, presidente da Licra

“‘Português sujo”, é racismo,“, diz Mario Stasi. Ele acredita que “o tribunal poderia condenar o Sr. Augis que se desacreditou, mas em França, ser destituído dos seus mandatos por ter proferido comentários racistas e anti-semitas seria realmente uma novidade.

Em 2017, o Licra tentou incluir a inelegibilidade na lei de moralização da vida política, mas o Conselho Constitucional rejeitou a disposição.

Por enquanto, Cédrico por Oliveira respondeu a Frederico Augis em carta enviada em cópia ao prefeito e às testemunhas presentes : “Se você repetisse esta declaração racista contra mim, eu seria forçado a notificar imediatamente o Ministério Público.

Contactado por França 3, Frédéric Augis não quis comentar o assunto.

Isabela Carreira

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