Energia das ondas: nanogeradores triboelétricos para produzir eletricidade a partir das ondas

De um novo estudo publicado no Revisão de Uma Terrauma equipe de cientistas liderada por João Ventura da Universidade do Porto, em Portugal, afirma ter desenvolvido uma nova técnica para produzir eletricidade a partir das ondas. É claro que a energia das ondas está longe de ser competitiva em comparação com as turbinas eólicas e a energia solar fotovoltaica, não só pelos elevados custos de instalação, mas também pelos gastos com trabalhos de manutenção. No entanto, o mar é uma enorme fonte de energia limpa que podemos explorar para satisfazer as nossas necessidades energéticas.

Sem ímã ou bobina

Actualmente, quase todos os sistemas de energia das ondas operam de acordo com o princípio da indução magnética. Isto significa que são utilizadas uma bobina e um íman, o que torna as construções particularmente pesadas. A abordagem que Ventura e os seus colaboradores desenvolveram é completamente diferente. Em vez de usar esses elementos, conta com o fenômeno eletrostático conhecido comoefeito triboelétrico. A ideia é colocar em contato dois materiais de naturezas diferentes. Graças às ondas que põem em movimento, geram eletricidade.

Colete energia das ondas.
Colete energia das ondas. Foto ilustrativa não contratual. Crédito da foto: Shutterstock

Estudos em diferentes países

Para aproveitar esse efeito, os pesquisadores usaram dispositivos chamados nanogeradores. Você deve saber que o efeito triboelétrico já está no centro de inúmeros estudos. Alguns deles pretendem explorar o seu potencial na área médica, enquanto outros pretendem desenvolver soluções que facilitem o nosso quotidiano, nomeadamente permitindo-nos eletricidade em todos os lugares. No entanto, nada disso resultou em um dispositivo totalmente funcional ainda. Basta dizer que a investigação de João Ventura e dos seus colegas pode ser considerada um grande avanço.

Mais de 300 W por m3

É claro que um dispositivo do tamanho de um nanômetro não será capaz de produzir eletricidade suficiente para atender nem mesmo às necessidades energéticas de uma residência. Para testar a viabilidade e o desempenho do conceito, a equipe fabricou um grande número de nanogeradores projetados para funcionarem juntos. Durante os testes que realizaram em laboratório, dizem pesquisadores conseguiu 347 watts de potência por metro cúbico. Isto representa uma melhoria notável em relação a outros projetos triboelétricos existentes. Certamente, esta descoberta é promissora. No entanto, isto não impede que os cientistas expressem algumas reservas a este respeito. Este é o caso Stephen Salter da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, que acredita que os dados fornecidos pelos pesquisadores não estão completos. Segundo ele, é improvável que os nanogeradores consigam substituir a atual infraestrutura de energia das ondas. razões técnicas e económicas. Por exemplo, o atrito entre peças pode acelerar o seu desgaste…

Fernão Teixeira

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