“A emigração de médicos voltou a aumentar”, manchete desta semana Café expresso. “O voo deles para o exterior é o maior dos últimos quatro anos”lemos na manchete do semanário português.
Considerando os pedidos já recebidos pela ordem de médicos para exercerem no estrangeiro – mais de trinta por mês – o número de saídas este ano deverá superar o recorde de 2015. Nesse ano, o país ainda estava em crise, vivia sob a supervisão da troika, e 475 médicos portugueses tinham deixado o seu país.
Não há falta de trabalho na Europa
Pedro Henriques, 35 anos, médico de família estabelecido em França, libertou-se em 2017 da“um sistema [portugais] que oprime e que recompensa pouco” :
“Eu tinha mais de 30 pacientes para cuidar por dia e não conseguia parar nem para almoçar ou ir ao banheiro. Hoje não preciso mais bater ponto, posso até trabalhar mais, cinquenta horas semanais, mas com uma recompensa no final, notadamente trinta e nove dias de férias.”
Médicos portugueses denunciam em uníssono a deterioração do sistema nacional de saúde (redes sociais) do seu país. As condições já não estão reunidas, explicam, para que possam trabalhar ali. Tentam, portanto, a sorte no estrangeiro, principalmente noutros países da União Europeia (Alemanha, Irlanda, França, Bélgica), onde não falta trabalho. A partir do próximo ano, a Comissão Europeia estima que A Europa poderá ter falta de 230 mil médicos.
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