São Francisco (awp/afp) – A agência de rating Fitch elevou sexta-feira o rating de Portugal de BBB+ para A-, colocando a rentabilidade do país entre os emitentes considerados sólidos pela instituição. A perspectiva é “estável”.
“Acreditamos na forte determinação do atual governo português em consolidar a sua disciplina fiscal”, afirmou a agência num comunicado de imprensa.
A Fitch espera, portanto, que a dívida pública de Lisboa “continue a diminuir rapidamente”.
“O factor mais importante na nossa decisão é a queda mais rápida do que o esperado nos rácios despesa/PIB, com o termo das medidas de apoio relacionadas com a pandemia e o aumento dos preços da energia”, afirmou a agência.
Em particular, o fim dos pagamentos de fundos públicos para apoiar as famílias durante a crise sanitária deverá “compensar” outras medidas tomadas no ano passado para incentivar o consumo, incluindo cortes no IVA e nos impostos sobre o rendimento.
A Fitch espera agora um crescimento de 2,1% para este ano, acima dos 1,3%, “dado o forte desempenho do país no primeiro trimestre”.
O governo socialista de António Costa espera 1,8%, mas indicou que pretende aumentar esta previsão no outono, aquando da apresentação do seu projeto de Orçamento do Estado para 2024.
A agência de rating também aprecia o abrandamento da inflação, de 9,8% em Dezembro passado para 4,3% em Julho, apesar de ter voltado a subir em Agosto.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística português, a causa é o aumento dos preços dos combustíveis.
A Fitch já tinha elevado a classificação de Portugal de BBB para BBB+ em outubro de 2022, citando a “política fiscal prudente” do governo.
afp/rp
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