COPA DO MUNDO. Davit Niniashvili, símbolo de uma Geórgia em corrente alternada

Ele foi criticado no final da partida contra a Austrália por um grande remate em um arremesso de 22 metros que, seguido de um passe levemente lançado, resultou em um try contra a Austrália, 50 metros adiante. No entanto, Davit Niniashvili também foi o Lelo mais perigoso contra os australianos, um dos únicos capazes de destruir sozinho a defesa adversária. Como muitas vezes acontece, em última análise…
O que (ainda) falta ao time de crack do Lyon é simplesmente precisão, controle e um pouco de maturidade. Porque de resto, 2 anos depois da estreia profissional, ainda não há dúvidas de que o lateral de 21 anos tem tudo o que precisa para um dia ser o melhor do mundo na retaguarda. .
Ele provou isso novamente contra Portugal no sábado. Contra um time extremamente lúdico e rápido, o garoto com 9 tentativas no Top 14 se divertiu. Obviamente, diante de uma defesa tentadora, mas não a mais acadêmica do mundo, suas pernas de fogo, seu senso de jogo, suas mãos e sua capacidade de permanecer em pé cobraram seu preço. E pesamos nossas palavras.

Bola de 137 metros na mão

No primeiro período, “Nini” fez TUDO na primeira cortina portuguesa. Aí, um cruzamento no primeiro minuto ao cortar a linha de passe do companheiro, antes de oferecer o primeiro tento do jogo ao extremo Tabutsadze. Aqui, um recomeço digno dos melhores destaques de Cheslin Kolbe aos 25 minutos de jogo, onde, perseguido por 3 defensores após a queda de uma vela, ele escapa deles um por um sem que ninguém saiba bem como, antes de atear fogo aumentando a ondulação para 30 metros. E poderíamos continuar a listar ações deste tipo e significativas para linhas e linhas, pois foi impressionantemente fácil até os limões. Como prova: ele termina a reunião com 137 metros ganhos com a bola na mão, 3 cruzamentos livres, 3 passes após contato ou até 10 zagueiros derrotados. Estratosférico.

Além disso, a duração do seu jogo de pontapés causou muitos danos na retaguarda do campo português, muitas vezes encurralado nos seus 22 metros quando tinha de ultrapassar os seus. O problema? É precisamente esta enorme margem em tudo o que empreende que ainda o faz perder algumas coisas. Aqui notaremos 2 atacantes e um jogo de chutes com muita ganância no 1º período, já que saíram de campo. Resumindo, não há o que criticá-lo, dada a sua masterclass de bola na mão no primeiro ato…

Mas para além destas pequenas escórias, é especialmente o seu 2º período que deixa espaço para críticas. Para que ? Porque face à fúria portuguesa e enquanto os caucasianos se tornavam completamente amorfos e incapazes de abalar os companheiros de Rodrigo Marta no jogo, era precisamente aqui que esperávamos um lampejo de genialidade do fenómeno georgiano. Onde um povo inteiro contou, durante a passagem para a zona cinzenta dos Lelos, com algumas explosões de Niniashvili para recolocar o seu povo na direcção da viagem.

Ele deu muito durante a primeira meia hora em que foi a atração? Terá sido antes o aspecto psicológico que prevaleceu aqui, quando os portugueses, apoiados por um público furioso de Toulouse em grande parte por trás da sua causa, pareciam ter 3 pulmões? Não sabemos, para falar a verdade, absolutamente nada. E como o rugby é um esporte iminentemente coletivo, é difícil atirar pedras nele, na sua idade (21 anos) e para sua primeira grande competição internacional. Mas dado o seu talento infinitamente superior, é impossível não notá-lo…

Aleixo Garcia

"Empreendedor. Fã de cultura pop ao longo da vida. Analista. Praticante de café. Aficionado extremo da internet. Estudioso de TV freelance."

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