Conhecemos José Da Costa, criador da Associação Folclórica Portuguesa do Mónaco (AFPM).
Quando se instalaram no Principado em 1979, José e a sua mulher Balbina não tiveram dúvidas em traçar um limite às suas raízes portuguesas, às quais sempre estiveram muito ligados. Originário de Guimarães, o casal bem estabelecido neste pequeno território de 2 km², nomeadamente através da sua empresa familiar especializada em construção e reabilitação, decidiu criar uma associação em 1996, com o objetivo de reunir todos aqueles que o desejam, em torno das tradições portuguesas. e valores.
Uma aposta ousada que deu frutos: a organização conta hoje com 150 membros de todas as idades, de origem portuguesa ou não. “ Eles vêm de Mônaco, mas também de cidades vizinhas como Beausoleil, Roquebrune-Cap-Martin, Menton e Nice”, diz José da Costa.
Como explica o presidente e fundador da associação, “ o objectivo era reunir o maior número de pessoas possível para dar a conhecer a cultura portuguesa. Um grupo folclórico de cerca de cinquenta pessoas foi formado paralelamente aos voluntários prontos para cantar e dançar seguindo os passos de seus antepassados.
Um evento imperdível em Roquebrune
Todos os anos, participam num evento emblemático organizado durante dois dias em Roquebrune-Cap-Martin: o Festival Internacional de Folclore Português. Outros grupos somam-se ao da Associação Portuguesa do Mónaco. Vêm de França, Genebra ou mesmo de Portugal para este evento que combina desfiles fantasiados, jogos tradicionais, concertos e danças, e também oferece as especialidades culinárias do país azul, como o churrasco de frango para uma mudança de cenário garantida!
No dia 4 de junho, por ocasião da 23ª edição organizada no estacionamento Jean-Gioan, o prefeito Patrick Césari não deixou de saudar todos aqueles cujos corações são verdes e vermelhos. Mas não é só em Roquebrune-Cap-Martin onde vivemos momentos de partilha em torno da comunidade portuguesa. Também no Mónaco, por exemplo em Saint-Jean, na Páscoa, ou mesmo no Dia do Príncipe, os membros estão mobilizados. Um trabalho substancial que exige pelo menos dois ensaios por mês e viagens de e para Portugal, nomeadamente para encontrar os mais belos trajes de época.
Imagens do 23º Festival Internacional de Folclore Português – © Cidade de Roquebrune-Cap-Martin via Facebook
Os dois filhos dos sexagenários, hoje com 44 e 38 anos, também estão muito envolvidos na associação. “Estamos muito orgulhosos deles. Quando vemos nossa filha e nossa neta dançando, ficamos arrepiados. As tradições estão se perdendo hoje em dia, poucos jovens se interessam por elas, eles têm outras prioridades”.lamenta José, sempre aberto à ideia de receber novos integrantes e novos recrutas no grupo folk!
Informação prática :
As contribuições são de 15 euros por pessoa e 25 euros por casal, durante o ano.
Para se inscrever contacte a associação através do telefone: +377 93 50 90 02 ou +377 93 25 52 57.
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