O fundador da Altice separa os 49% do capital que ainda detinha na terceira revista noticiosa francesa.
O empresário Alain Weill, dono do grupo hoteleiro de luxo Lily of the Valley, será em breve o único mestre a bordo da revista de notícias O expresso. De acordo com A letra aDurante uma CSE extraordinária realizada esta quarta-feira, na presença da nova subgerente geral do jornal, Diane Lemoine, Alain Weill anunciou que Patrick Drahi, chefe e fundador do grupo de media e telecomunicações Altice, lhe daria os 49% que ainda se mantém no jornal fundado há 70 anos por Jean-Jacques Servan-Schreiber.
Comprado ao grupo belga Roularta em 2015 por várias dezenas de milhões de euros pelo bilionário franco-israelense, O expresso já tinha experimentado uma mudança de acionistas em 2019, quando Alain Weill comprou – por um euro simbólico – 51% da revista de notícias em dificuldade ao seu então empregador, a Altice France. A revista perdeu 10 milhões de euros por ano para um volume de negócios de cerca de 40 milhões.
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Queda de 10% na circulação paga
Alain Weill, fundador do grupo NextRadioTV (BFM TV, RMC…) hoje no seio do grupo Altice, não detalhou, segundo A letra a, os termos de aquisição da participação de 49% de Patrick Drahi. A operação deverá ocorrer no próximo mês de setembro. Desde a sua aquisição por Alain Weill, e apesar de uma nova fórmula em janeiro de 2020 inspirada no semanário britânico O economista, O expresso permanece deficitário e a sua distribuição continua a diminuir. Em 2022, a circulação paga em França da revista, que conta com cerca de 130 colaboradores, fixou-se em 151.542 exemplares, uma queda de 10,4%, segundo dados apurados pela ACPM. O que coloca o jornal muito atrás dos concorrentes Apontar (295.614 cópias) e O obs (205.524 exemplares). Em 2018, O expresso ainda vendeu mais de 233.000 cópias…
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