Em Portugal, a extrema-direita provoca a polícia

A figura de André Ventura surge implicitamente na capa da edição da visto publicado em 17 nov. Na montagem, dirigente aparece de extrema-direita na seleção portuguesa protegido por uma linha de policiais e gendarmes, ladeado por escudos, tonfas e um cachorro pronto para atacar. “O braço forte do Chega”, é o título do semanário, referindo-se ao movimento que André Ventura lançou em 2019 após a sua saída do Partido Social Democrata (PSD).

André Ventura, eleito deputado no mesmo ano, trouxe dezenas de agentes da lei no seu encalço, explica a revista. Em uma pesquisa de 13 páginas, visto traça o perfil desses novos apoiadores: “Mesmo que a filiação partidária seja proibida por lei, alguns não têm medo de cometer crimes promovendo o racismo, a xenofobia e o ódio nas redes sociais. Vários receberam medalhas por seu comportamento exemplar, bem como sanções disciplinares e legais”.

Segundo dados do Ministério do Interior, desde 2018 foram instaurados 36 processos contra gendarmes e agentes da polícia por comportamentos racistas, xenófobos e radicais no exercício das suas funções ou nas redes sociais. Dezoito casos ainda estão pendentes, nove dos quais são funcionários da imigração.

Por último, as notícias semanais de que o Consórcio de Jornalistas de Investigação estudou cerca de 3.000 publicações publicadas nas redes sociais por 591 agentes da lei, três quartos dos quais apoiantes do Chega, que se tornou na terceira força política do país. Eleições de 2022 com 12 deputados.

visto observar, com exemplos de apoio: “A imagem que surge não é bonita. No Facebook, esses profissionais fazem ameaças, fazem campanhas de ódio, usam a discriminação e o preconceito sem restrições ou anonimato. Esse “retrato do submundo policial e militar contradiz a tese de casos isolados”, conclui a revista.

Alberta Gonçalves

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