Eusébio, lenda do futebol português, morreu na madrugada de sábado para domingo, em Lisboa, aos 71 anos, anunciou o seu antigo clube, o Benfica.
Eusébio da Silva Ferreira morreu de parada cardiorrespiratória às 04h30 GMT, informou o clube.
O corpo da antiga glória do Benfica vai ser transportado durante o dia para o estádio da Luz, em Lisboa, informou a televisão pública RTP.
Eusébio já havia sido hospitalizado várias vezes devido a vários problemas de saúde.
No final de junho de 2012, deu entrada no Hospital da Luz, em Lisboa, na sequência de um acidente vascular cerebral (AVC), deixando o estabelecimento dez dias depois.
“Eusébio tem dado sinais de grande fragilidade ultimamente, mas não esperava de todo tal desfecho”, afirmou João Malheiro, autor da biografia “Eusébio – a minha história”, que lhe falou ao telefone na semana passada para marcar um almoço.
“Eusébio sempre será eterno. Descanse em paz”, escreveu a estrela portuguesa Cristiano Ronaldo em uma mensagem postada em sua conta no Facebook junto com uma foto dele posando com Eusébio.
O antigo internacional português, natural de Moçambique, ex-colónia de Portugal, tinha-se destacado ao longo da carreira sob as cores do Benfica de Lisboa.
Recrutado aos 19 anos pelo clube lisboeta pelas suas excecionais qualidades técnicas e físicas, conquistou a Taça dos Campeões Europeus em 1962 frente ao Real Madrid de Di Stefano.
Apelidado de “o Pantera Negra” ou simplesmente “o rei”, também ajudou a seleção portuguesa a conquistar o terceiro lugar no Mundial de 1966, onde foi o artilheiro (9 gols).
Os 733 golos marcados ao longo da carreira dizem muito sobre este formidável avançado, duas vezes eleito melhor marcador da Europa (1967/68 e 1972/73).
Eleito Bola de Ouro em 1965, tornou-se no primeiro jogador negro a obter esta distinção, atribuída na altura pela revista France Football ao melhor jogador europeu.

“Organizador sutilmente encantador. Ninja de TV freelancer. Leitor incurável. Empreendedor. Entusiasta de comida. Encrenqueiro incondicional.”