O Chefe de Estado decidiu não “promulgar a lei” aprovada a 31 de março, que abria caminho à “morte medicamente assistida”, pedindo esclarecimentos aos deputados sobre um texto “tão sensível”, anunciou a Presidência em comunicado. Rebelo de Sousa espera que “não haja dúvidas quanto à sua candidatura”.
A partir de agora, os deputados poderão anular o veto presidencial votando uma segunda vez o mesmo texto ou alterá-lo novamente.
Quarto voto a favor
O presidente “optou pelo veto político”, disse a deputada socialista Isabel Moreira, uma das principais vozes a favor da descriminalização da eutanásia. “Chegou o momento de fazer valer a vontade desta maioria”, disse ela sobre o parlamento em comunicado à comunicação social portuguesa.
Graças, nomeadamente, aos votos da maioria socialista, o Parlamento tinha aprovado uma nova versão da lei favorável à descriminalização da eutanásia, reformulada depois de contestada pelo Tribunal Constitucional. Foi a quarta vez em três anos que o Parlamento votou a favor da eutanásia, mas o texto já esbarrava nas reservas do Chefe de Estado e do Tribunal Constitucional.
O último anteprojeto de lei prevê que a eutanásia só seja autorizada nos casos em que “o suicídio medicamente assistido seja impossível por incapacidade física do paciente”. No entanto, o Presidente expressou dúvidas sobre este ponto.
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