Em Vendée, uma mãe está desaparecida desde o final de março. Aos 54 anos, ela se separou do último companheiro, com quem teve três filhos, mas ainda viviam sob o mesmo teto. Apenas o celular dele foi encontrado. O mistério permanece intacto.
Mas o que aconteceu com Karine Esquivillon? Esta mãe de 54 anos não dá sinais de vida há várias semanas, e teme-se o pior para este vendeano cujo perfil não se enquadra na hipótese de uma fuga voluntária.
Tudo começa em 27 de março, segundo seu último esposo, Michel Pialle, figura central desse desaparecimento. Ele explica que naquele dia, no meio da tarde, a companheira de quem estava separado há três anos quando ainda vivia com ela, sai da casa da família com “uma certa quantidade de coisas, artigos de higiene necessários, roupas”, e “o livro de família”, como explica aos nossos colegas da TF1.
Segundo ele, trocou nos quatro dias seguintes várias mensagens com Karine Esquivillon, uma das quais contém uma foto da duna de Pilat, em Gironde. Até 31 de março, data a partir da qual a mãe de família já não dá notícias.
Alguns dias depois, em 9 de abril, o prefeito da cidade de Maché, onde a família mora em Vendée há quinze anos, encontrou um celular em uma vala na entrada da cidade. Pertence a Karine Esquivillon, como evidenciam as fotos encontradas em seu interior. Está sempre ligado, sem cartão SIM, e “ainda tem uma boa carga de bateria”, comenta o vereador Frédéric Rager.
Seis dias antes, Michel Pialle havia relatado o desaparecimento de seu ex-companheiro à gendarmaria. E desde então a investigação avança, sem sucesso, até à transmissão de uma intimação de testemunhas no dia 9 de maio. para Oeste da França. Várias audiências foram realizadas pelos gendarmes na comitiva dos desaparecidos e os bens foram apreendidos.
Do lado da família, é difícil acreditar em um desaparecimento voluntário. A irmã de Karine, Adélaïde, a descreve como “medrosa” e muito apegada aos filhos. “Não a vejo agindo assim no meio da tarde, antes de os filhos voltarem da escola”, diz ela. Karine Esquivillon teve, de fato, dois filhos de uma primeira união, na região de Paris, hoje com cerca de 30 anos, e três filhos com Michel Pialle. Uma dessas três crianças, um menino de 14 anos, é surdo e sua mãe cuidou muito bem dele.
Para Thomas, genro de 27 anos de Michel Pialle citado por Oeste da França, a tese da fuga voluntária não se sustenta: “Ela é tão apegada aos dois filhos mais novos que não a vejo largar tudo da noite para o dia”, confidencia. Ao contrário da ex-companheira, que continua convencida de que largou tudo para, quem sabe, se fixar no sul da Europa, em Espanha, em Portugal ou em Itália, como explica nos pareceres de pesquisas que publicou nas redes sociais.
“A gente só quer ouvir a Karine, (…) só para desabafar emocionalmente, e tranquilizar a todos”, diz. Encontro ruim? Desaparecimento voluntário? Assassinato cometido por um ente querido? Para já, os investigadores não descartam nenhuma hipótese, ainda que receiem estar perante um processo criminal.
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