(Lisboa) O governo português anunciou sexta-feira o lançamento de um concurso internacional para a prospecção de lítio em seis regiões do país, que detém as maiores reservas europeias deste metal crucial para a transição energética.
Publicado em 4 de fevereiro
De um total de onze depósitos potenciais, cinco deles foram finalmente excluídos por razões ambientais do concurso que será lançado dentro de dois meses, explicou o ministro do Ambiente e Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, em conferência de imprensa no Porto (norte).
Os projetos mineiros, que possam surgir destas atividades de prospeção, a desenvolver ao longo de cinco anos, vão juntar-se às três jazidas já identificadas em Portugal.
O projeto mais avançado, liderado pela empresa britânica Savannah, no concelho de Boticas (nordeste), aguarda luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente.
Um dos critérios do concurso para prospecção de novas jazidas será a apresentação de um “projecto industrial” que vá além da simples extracção mineira, sublinhou Matos Fernandes.
“Nenhum grama deste lítio será processado fora de Portugal”, disse.
Portugal já é o principal produtor europeu de lítio, mas, de momento, a sua produção destina-se integralmente a cerâmica e vidraria.
Junto com o cobalto ou o níquel, o lítio é um dos metais essenciais na fabricação de baterias elétricas que substituirão os motores térmicos automotivos que contribuem para o aquecimento global.
Para reduzir a dependência das importações, sobretudo em relação à China, a União Europeia prepara-se para abrir minas e refinarias.
Em dezembro passado, o grupo petrolífero português Galp Energia e o fabricante sueco de baterias elétricas Northvolt anunciaram um acordo para construir em Portugal uma das primeiras refinarias de lítio da Europa.
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