Depois de Camarões, Senegal e Gana, o quarto tento terá assim sido o acertado para os países africanos nos quartos-de-final do Mundial. Depois de resistir à Croácia, Bélgica, Espanha e agora Portugal, o Marrocos está se tornando o novo destruidor das nações européias. Quarta-feira, nas meias-finais, é a França ou a Inglaterra que os vai colocar no caminho.
O herói do dia dos Leões do Atlas, que acabou nas cordas e exausto, se chama En-Nesyri. Já artilheiro na Rússia e até no Catar, o grande centroavante aproveitou pouco antes do intervalo uma saída aproximada de Diogo Costa para furar de cabeça com perfeição (42º) e destravar um encontro bastante tático até então.
Consciente da disciplina defensiva dos marroquinos, Portugal tinha começado por tentar pressionar alto para recuperar rapidamente a bola e depois descer para tentar tirar o adversário antes de o picar com a precisão do jogo longo de Fernandes.
ronaldo em lagrimas
Um plano que poderia ter funcionado rapidamente se Felix tivesse sido mais perspicaz (5º). Mas Bounou, que então acelerou (74º, 83º) no auge do ataque português no segundo tempo, martirizou seu vis-à-vis.
Na armadilha, Fernando Santos não teve escolha a não ser trazer Ronaldo rapidamente (51º), enquanto Ramos, autor de um hat-trick contra a Suíça, desta vez foi transparente.
o 196e A capa de CR7, novo co-detentor do número de seleções internacionais, permitiu a Portugal afirmar-se no jogo, mas não empatar apesar do duelo da estrela com Bounou (90.º).
Os portugueses só podem culpar-se porque, frente a marroquinos que perderam Saïss (57.º) e logicamente sofreram depois de todos os esforços feitos até agora, tiveram várias situações para voltar a marcar. Mas quando não se deparou com um guarda-redes intratável, Fernandes, que já tinha tocado na trave logo após o tento inaugural (43º), viu o remate escapar (64º).
A exclusão de Cheddira (90º+3), porém, não atrapalhou o caminho do Marrocos, que sofreu apenas um gol desde o início da Copa do Mundo. Por vezes à beira da quebra, conseguiu mesmo a façanha de vencer o quarto “sem golos” em cinco jogos.
“Leitor. Defensor da comida. Fanático por álcool. Fã incondicional de café. Empresário premiado.”