Jean-Luc Godard foi um daqueles cineastas franceses que, no final dos anos 1950, início dos anos 1960, deu origem a um movimento chamado “La Nouvelle Vague”, que foi um dos mais influentes da história do cinema.
Um antes e um depois. Utilizada pela primeira vez por Françoise Giroud em outubro de 1957 (para designar a juventude em geral), e adotada definitivamente por Pierre Billard e outros cronistas a partir de 1959, a fórmula “La Nouvelle Vague” permitiu designar cineastas franceses, parte dos quais vieram da crítica Les Cahiers du cinema (Claude Chabrol, François Truffaut, Jean Luc GodardJacques Rivette, Eric Rohmer) e os demais curtas-metragens (Alain Resnais, Jacques Demy, Agnès Varda, Georges Franju, Jean Rouch) que iniciaram a produção de seus primeiros longas-metragens no final da década de 1950.
Todos se destacam pela recusa em se curvar às técnicas do cinema tradicional, um cinema de estúdio incapaz, segundo eles, de realçar a autenticidade da história. “O filme de amanhã não será feito por câmeras, mas por artistas para quem filmar é uma aventura maravilhosa e emocionante. O filme de amanhã será parecido com aquele que o filmou e o número de espectadores será proporcional ao número de amigos que o cineasta tem. O filme de amanhã será um ato de amor”, afirma François Truffaut, cujo filme “Os 400 golpes” produzido em 1959 será, com “Le beau Serge” de Claude Chabrol, uma das criações fundadoras do movimento.
Um legado duradouro
Com “A bout de souffle” (1960), “Le Mépris” (1963), ou mesmo “Pierrot le fou” (1965), o franco-suíço Jean-Luc Godard afirmou-se naturalmente como um dos mais importantes e influentes de “La Nouvelle Vague”. Ainda hoje, “A bout de souffle” ainda é considerado um dos melhores filmes já feitos na história do cinema, e é celebrado em todo o mundo como uma grande obra da 7ª Arte.
O movimento de “The New Wave” vai durar cerca de dez anos, até que os produtores, arrefecidos por certos fracassos, decidam cortar o financiamento. Ou sujeitá-los a requisitos especiais. A herança técnica desse período se materializará com o uso de câmera de luz, filmagem ao ar livre, uso de filme mais sensível para promover a iluminação natural, montagem não linear ou fragmentada, atores pouco conhecidos, diálogos improvisados ou uso de um equipe de filmagem mínima.
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