Os ministros espanhóis participarão de reuniões do governo francês e vice-versa, conforme o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e o presidente francês Emmanuel Macron concordaram em uma cúpula bilateral na quinta-feira (19 de janeiro) em Barcelona.
MILÍMETROS. Macron e Sánchez reavivaram assim a relação franco-espanhola e assinaram um novo tratado de amizade e cooperação entre os dois países. EFEparceiro da EURACTIV.
Apesar das recentes disputas sobre alguns arquivos sensíveis da UE, incluindo o gasoduto midcatos dois líderes comprometeram-se a reforçar a sua cooperação num contexto particularmente difícil para a Europa.
A Espanha assumirá a presidência do Conselho da União Europeia no segundo semestre de 2022, oferecendo mais uma oportunidade para estreitar as relações entre Madri e outras capitais europeias.
Um “Eixo Franco-Espanhol” revisto
Entre uma série de novas iniciativas destinadas a consolidar uma “Eixo franco-espanhol” Em visita de retorno, os ministros dos dois países participarão regularmente de reuniões ministeriais em Paris e Madri, pelo menos uma vez a cada três meses e de forma rotativa, conforme o texto do acordo consultado pela EFE.
Para promover a cooperação, podem ser estabelecidos outros diálogos estruturados, reunindo um ou mais ministérios, consoante os temas a tratar e no quadro das respetivas competências, conforme também especificado no acordo.
O tratado assinado na cúpula de Barcelona é o segundo do tipo que a Espanha concluiu com outro país da UE. O primeiro tinha sido bloqueado com Portugal em 2021.
No entanto, ao contrário do tratado assinado com a França, o pacto celebrado com Lisboa não prevê a participação de ministros espanhóis nas reuniões do governo português e vice-versa.
Enquanto isso, cerca de 6.500 ativistas pró-independência catalães se manifestaram na área do Museu Nacional de Arte da Catalunha na quinta-feira (Museu Nacional de Arte da Catalunha, MNAC), onde decorreu a cimeira franco-espanhola. O líder do partido de independência catalã Esquerda Republicana da Catalunha (Esquera República da CatalunhaERC), Oriol Junqueras, também foi vaiado no rali.
‘Catalunha quer ser parceira da UE’
O movimento independentista reuniu-se em Barcelona para – afirma – reafirmar que continua o processo de soberania catalã e enfrentar a falta de “normalidade” na Catalunha. A manifestação foi coorganizada pela Assembleia Nacional Catalã (ANC), especifica a EFE.
Pouco antes do início da cúpula, o presidente regional do governo catalão, Pere Aragonès, reiterou em uma breve conversa informal com o senhor Sánchez que o movimento de independência “não acabou” e garantiu a Macron que “A Catalunha quer ser parceira da UE. »
A Espanha realizará eleições municipais em maio, vistas por muitos como o primeiro teste da coalizão governista de Sánchez com o partido radical de esquerda Unidas Podemos.
Os partidos terão então de enfrentar as eleições gerais marcadas para dezembro, enquanto a disputa política entre Madrid e a Catalunha é um dos temas mais delicados da cena política ibérica.
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