Ana Paula Martins indicou, durante a conferência de imprensa de apresentação do Plano de Emergência e Transformação na saúde, que foi aprovado na generalidade um decreto-lei, que abre mais de 900 vagas para médicos de família em todo o país, acrescentando que em Lisboa e Vale do Tejo são 400 vagas só.
A ministra disse que é preciso ouvir os sindicatos que representam os médicos sobre esta questão, mas sublinhou a importância de atrair estes profissionais para os centros de saúde Modelo B, para integrarem as equipas.
As 900 vagas são quase 40% superiores às vagas para novos especialistas, disse, explicando que o facto de haver “tantas vagas este ano” é porque estão distribuídas por todo o território.
“Queríamos dar a oportunidade a todos os médicos de clínica geral e de família de escolherem exactamente as regiões onde querem fixar-se para levarem a cabo o seu projecto de vida”, disse, acrescentando que estas vagas também podem atrair determinados médicos que, por motivos diversos, saíram do SNS e que «já podem ver a atração nestes novos centros de saúde, que têm condições remuneratórias muito diferentes».
Apesar deste número de vagas, o ministro acredita que ainda “não são suficientes” e que, por isso, existe um conjunto de médicos aprovados que já tem “muita disponibilidade”, além de acordos estabelecidos com a rede social setor.
Questionado sobre se o facto de muitos médicos já terem ultrapassado o limite das 150 horas extraordinárias poderá dificultar a implementação do plano, o ministro respondeu que o governo está a criar um sistema de incentivos que “tem algumas semelhanças com certos sistemas” já existentes, nomeadamente adicionais pagamento após um determinado volume de horas.
“Não podemos obrigar as pessoas a trabalhar mais horas do que se sentem capazes, mas se tiverem vontade e oportunidade”, estão a ser estudadas “outras formas inovadoras” de poder pagá-las, declarou, anunciando que nas próximas semanas, terão uma solução para apresentar aos médicos e enfermeiros, que estão «numa situação diferente, mas que também fazem parte das equipas».
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