A Agência Nacional de Emergências e Proteção Civil (ANEPC) de Portugal prevê enviar mais 60 pessoas para combater os incêndios florestais que assolam a região autónoma da Madeira há uma semana, confirmou fonte oficial da agência esta quarta-feira, 21 de agosto.
De acordo com o mesmo fonteos reforços sairão do continente na quinta-feira, 22 de agosto, às 14h30, a bordo de uma aeronave KC-390 da Aeronáutica e serão liderados pelo Segundo Comandante Sub-Regional Ocidental, Rodolfo Batista.
Fazem ainda parte do contingente 29 bombeiros da Força Especial de Proteção Civil (FEPC), 15 bombeiros voluntários da região de Lisboa e 15 militares da Unidade de Proteção e Assistência de Emergência (UEPS) da Guarda Nacional.
O pedido de um novo reforço de meios operacionais para o combate ao incêndio foi anunciado na manhã desta quarta-feira pelo presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes – com uma dotação inicial de 45 pessoas. Este pedido surge na sequência do envio do primeiro contingente da ANEPC, composto por 76 pessoas, que visitou a Madeira no sábado.
Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil da Madeira informou que foram solicitados reforços “após reunião de informação com a Força Especial de Proteção Civil” E “tendo em conta a evolução do incêndio”.
No seu comunicado, o governo regional indicou ainda que o ministro da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, e o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes, “Estão no local para monitorar as operações de combate a incêndios.”
“Ao início da manhã reuniu-se com equipas do Serviço Regional de Proteção Civil e seguiu depois para Achadas do Teixeira e Pico do Areeiro. A equipe permanece no local para impedir o avanço do incêndio.”podemos ler na nota.
Os incêndios na ilha da Madeira deflagraram há uma semana, no dia 14 de agosto, nas montanhas do concelho da Ribeira Brava e espalharam-se gradualmente pelos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, via Pico Ruivo, Santana.
Durante estes oito dias, as autoridades ordenaram que cerca de 200 pessoas abandonassem as suas casas e montassem abrigos temporários por precaução, mas muitos moradores já regressaram a casa, com exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
Os bombeiros foram inicialmente prejudicados pelas altas temperaturas e ventos, que agora diminuíram. Nenhuma casa ou infraestrutura vital foi destruída.
Alguns bombeiros foram tratados com ferimentos leves, mas não houve outras vítimas.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, fornecidos pelo presidente da agência regional de proteção civil, António Nunes, mostram que quase 4.393 hectares já tinham ardido até à tarde de terça-feira.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, prefere a via criminosa.
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